sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Fotojornalismo: realidade




A fotografia nos meios de comunicação é muito importante como uma fonte de informação. Atualmente, matérias jornalísticas ficam pobres sem a presença da fotografia.Pois a fotografia demonstra a situação relatada pelo jornalista e muitas vezes passa mais informação que o proprio texto escrito. Os daguerreótipos obtidos pelos irmãos Natterer em 1841, retratando a procissão de centésimo aniversário de Joseph II, em Viena, foram o primeiro registro fiel de um evento a ser divulgado. O curto tempo de exposição - apenas um segundo, o que levou as imagens a serem intituladas Sekundebilder - permitiu, pela primeira vez, o congelamento do movimento permitindo o registro da ação durante seu desenrolar, o que acabará por se tornar a característica definidora do fotojornalismo.
A fotografia em preto e branco publicada em jornais, existe há mais de cem anos e é uma das características do fotojornalismo. Embora, a fotografia colorida tenha ganhado espaço nessa categoria, no início dos anos 70 com as revistas semanais como Veja e Leia (revistas brasileiras).




Em fotojornalismo as fotos não devem ser pousadas, elas devem sair espontâneamente, devem mostrar aquilo o que os nossos olhos não vêem, mais aquilo que só as lentes de uma câmara podem captar.Na atualidade este recurso tem se tornado importante nas escolas de comunicação, pois o jornaista é antes de mais nada, aquele que escreve, edita as informações em diferentes meios, e com ajuda da fotografia a competência deste futuros profissionais será bem gratificante.

De Notícia para Valor-Notícia


Existe aquele ditado que toda fofoca é notícia! Bem não é bem assim. Notícia é a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que o jornal se destina. Caracteriza-se por uma linguagem clara, impessoal, concisa e adequada ao veículo que a transmite. Deve ter o predomínio da função referencial da linguagem. Há predominância da narração. Por ser impessoal, o discurso é de terceira pessoa. Em sua estrutura padrão, possui duas características fundamentais: “ Lead” e corpo. Como já mencionei em textos anteriores, o Lead é, no mais popular, o primeiro parágrafo onde fica as informações principais de um texto dando assim a famosa introdução do texto. Já o corpo representa todo o desenvolvimento do texto dando assim uma confirmação com mais detalhes do lead. As junções desses elementos formam a notícia.
Notícia, conforme os dicionários, é definida como 1.Informação; conhecimento. 2. Resumo informativo de um fato ou assunto, em jornal. 3. Nova; novidade; boato. Mas para nós, imprensa e mercado, o que realmente é notícia? Na faculdade de jornalismo aprendemos que tudo aquilo que possa interessar a alguém, é a informação transformada em mercadoria, dando-se o nome de valor notícia. Esta ação é também designada de critério de notíciabilidade. Na prática a decisão acerca do que é ou não notícia é tomada de forma informal por editores que se baseiam na sua experiência profissional e intuição. Os fatores ou critérios que dão um fato valor-notícia coincidem na maior parte das redações dos meios de comunicação social. Em 1965, Johan Galtung e Mari Holmboe Ruge enumeraram esses fatores. A sua análise mantém-se atual embora existam outras tipologias.

O jornalismo é uma seleção da realidade. Logo, os jornalistas adquirem, como uma parte do seu profissionalismo, em grande parte adquirida através do treino, da pressão exercida pelos seus pares e na sala de redação, um saber instintivo que lhes permite identificar e hierarquizar a multiplicidade de acontecimentos que acontecem no mundo real.Segundo Galtung e Ruge (in Traquina, 1993: 63), “o mundo pode ser comparado a um enorme conjunto de estações radio difusoras, cada uma a emitir o seu sinal ou o seu programa no seu próprio comprimento de onda. A emissora é contínua, correspondendo ao axioma que está sempre a acontecer algo a qualquer pessoa no mundo. O conjunto de acontecimentos mundiais, então, é como a cacofonia que se obtém quando se procura obter um posto num receptor de rádio e, sobretudo, se isso for rapidamente em onda média ou onda curta. É óbvio que esta cacofonia não faz sentido, e só pode ser inteligível se um posto for sintonizado e escutado durante algum tempo antes de passar para o seguinte.” Tal conceito de noticiabilidade implica a existência de critérios pelos quais essa qualidade – a noticiabilidade – é reconhecida: os valores – notícia”. Galtung e Ruge enumeraram doze valores-notícia:

A) A frequência respeita à existência de uma espécie de sintonia entre a frequência do acontecimento e a periodicidade jornalística. É possível publicar um assassinato que se dá entre duas edições de um jornal, mas não é possível dar conta de uma morte específica que se desenvolve durante uma batalha em que há, pelo menos, um morto em cada minuto, tal como não é possível descrever minuciosamente a construção de uma barragem.

B) Um segundo valor-notícia é a amplitude. Quanto mais forte e maior a sua amplitude, mais provável a audição da frequência. Quanto maior for a barragem inaugurada ou o assassínio cometido mais probabilidades tem de ser publicado.

C) Quanto mais claro e inequívoco for o sinal, mais provável a audição dessa frequência. Para usar o termo associado à rádio, quanto menor o ruído mas audível se tornará o sinal. É preferível um acontecimento claro e livre de ambiguidades a outro que é muito ambíguo e do qual muitas e inconsistentes implicações poderão ser feitas.

D) Quanto mais significativo for o sinal, mais provável será a audição dessa frequência. O termo «significativo» associa-se à ideia de ser interpretável dentro da estrutura cultural do ouvinte, remetendo para uma certa proximidade cultural.

E) Quanto mais consonante for o sinal com a imagem mental do que se espera encontrar, mais provável será a audição dessas frequências. O valor notícia da consonância está ligado com uma pré-imagem mental. A expectativa da ocorrência pode ser interpretada cognitivamente como uma predição e normativamente como um desejo. Os acontecimentos que se desviarem muito das expectativas existentes não serão registrados.

F) O carácter inesperado do acontecimento é um critério que parece corrigir os restantes. Postula-se que, quanto mais inesperado for um sinal, mais provável será a audição da frequência. É o inesperado dentro dos limites do significativo e do consonante.

G) Outro critério indicado enuncia que se um sinal for sintonizado, é provável que mereça a pena ser escutado. É provável que qualquer coisa que atinja os cabeçalhos dos jornais, continuará a ser notícia durante algum tempo.

H) Quanto mais um sinal for sintonizado, mais valerá a pena sintonizar um sinal de tipo diferente da próxima vez. No fundo, se houver um número muito elevado de notícias do estrangeiro, o valor de noticiabilidade de notícias domésticas será mais elevado. Enquanto estes oito primeiros valores parecem variáveis independentes da cultura em que se verificam, há factores que influenciam a transição dos acontecimentos para as notícias e que são culturalmente determinados.

I)Quanto mais um acontecimento diga respeito às nações de elite mais existe a possibilidade de ser representado.

J)Quanto mais um acontecimento diga respeito a pessoas de elite mais possibilidades têm de ser representado.

L)Quanto mais um acontecimento puder ser visto em termos pessoais mais provável será a sua transformação em notícia;M)Quanto mais negativo for o acontecimento, mais provável a sua transformação em notícia.(Cfr. Galtung e Ruge, 1993: 63-69).

Lead


O lead é, em jornalismo, a primeira parte de uma notícia que destaca todos os aspectos importantes da notícia posta um destaque relativo, fornecendo ao leitor a informação básica sobre o tema e pretende prender-lhe o interesse. É uma expressão inglesa que significa "guia" ou "o que vem à frente". Ele foi criado pelo escritor, jornalista e comentarista político estadunidense Walter Lippmann o da foto ao lado.

Na teoria do jornalismo, as seis perguntas básicas do lead devem ser respondidas na elaboração de uma matéria; São elas: "O quê?", "Quem?", "Quando?", "Onde?", "Como?", e "Por quê?". O lead, portanto, deve informar qual é o fato jornalístico noticiado e as principais circunstâncias em que ele ocorre. Segundo Adelmo Genro Filho, em "O Segredo da Pirâmide", o lead deve descrever a maior singularidade da notícia, ou seja o lead procura com que o texto seja suncito.

Já o lead do texto de reportagem, ou de revista, não tem a necessidade de responder imediatamente às seis perguntas. Sua principal função é oferecer uma prévia, como a descrição de uma imagem, do assunto a ser abordado. Essa ação se chama chamada ou topico frasal.
Exitem os mais variodos tipos de lead,mas o mais ultilizado é o modo classico ou integral que apresenta todos os elementos essenciais, mas sem preocupação com a hierarquização dos dados em si, de modo a envolver o leitor. Responde as seguintes perguntas:Quem, O quê, Como, Quando, Onde e Por quê?Há a preferência por começar pelo Quem ou O quê!não se começa pelo verbo, mas pelo sintagma nominal ou circunstancial. E assim se faz uma noticia, sobre os cuidados de esclarecer e involver a quem esteja lendo.

Jornalismo é importante?

O Jornalismo é uma arte, uma atividade com função social ou o espelho da realidade? Antes de tudo um trabalho, como outro qualquer, que envolve responsabilidades particulares. Difícil imaginar nossa sociedade sem informação e a articulação de pensamento, só é propiciada pela atividade jornalística. Não é possível, no entanto, pretender dizer que é nas páginas dos jornais que as coisas acontecem. Mas certamente as coisas não aconteceriam da mesma forma sem elas, principalmente no que se refere a atividades públicas. Uma das primeiras providências de um governo autoritário é controlar os meios de comunicação, diretamente pela propriedade, ou através da censura, pois assim estará de posse do meio mais eficiente de diálogo dentro da sociedade. Por ali se espalhariam críticas, denúncias e ideias contrárias à ideologia dominante. Os que pretendem resistir fazem o quê? Montam formas alternativas de espalhar suas ideias, claro.
Ainda estamos tratando de um ideal jornalístico, que numa sociedade democrática teria condições de servir como voz de todos as partes. Jornalismo romântico, não real. A informação veiculada, em qualquer parte, mesmo que seja numa folha A4 fotocopiada, pertence ao dono do meio de comunicação, que estabelece a política de funcionamento. Empresas jornalísticas devem dar lucro, por isso muitas vezes vendem anúncios como matérias, vendem informações encobertas, mal apuradas, como a mais cristalina verdade. O jornalismo tem o perigoso dom de transformar qualquer coisa em verdade absoluta. Dom perigoso nas mãos erradas. Quando se fala em responsabilidade do jornalista (e normalmente ninguém lembra do dono do jornal, TV, etc.), a referência é ao uso de seu poder hipnótico.
Não existe mais uma praça de debate público, em que seres privilegiados defendem abertamente suas ideias. Os bastidores são mais amplos do que se imagina. O jornalista muitas vezes se vê como o narrador de uma peça de teatro, em que as máscaras não são identificáveis, os papéis não são claros e, mesmo se ele pudesse entrar nos camarins, não poderia contar tudo o que vê.

Esse fato é muito perigoso para a população, que aceita aquelas noticias como verdade absoluta, pois temos hoje uma população relativamente acomodada que passivamente leva as Midias de comunicação como orientação no seu codidiano. E é ai que o proficional de jornalismo entra, pois não só eu que estudo, mas principalmente os já formados em jornalismo temos a ardua tarefa de sermos claros e objetivos comprindo assim o nosso dever se sermos verdadeiros.